Na última quarta-feira (14/03/2018), por volta das 21:30, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) foi morta a tiros no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. Na ação foi igualmente assassinado o motorista do carro onde ela estava, Anderson Pedro Gomes, e foi ferida uma assessora de Marielle.
A vereadora era relatora da Comissão que irá acompanhar a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, e uma notória ativista dos Direitos Humanos.
A polícia ainda investiga o caso, mas ele tem todas as características de uma execução. Marielle estava ativamente denunciando a violência do 41o Batalhão da PM, conhecido em suas publicações como Batalhão da Morte. Políticos de várias esferas ideológicas manifestaram pesar e revolta.
O Instituto de Psicologia não pode ficar alheio a este caso, e utiliza este espaço para manifestar sua indignação pelo assassinato da vereadora, e pelo modo como se conduz a Intervenção Federal no Rio de Janeiro.
Quando uma representante legitimamente eleita e defensora de causas vitais é assassinada (seja provavelmente por interesses de máfias ou de bordas obscuras próprio Estado) sua morte não é apenas digna de um pesar e revolta pessoais mas de nossa própria república e de nossa democracia.
Estamos cansados de ver o sangue de militantes de direitos civis e de minorias (de gênero, étnicas ou sócio-econômicas) correndo pelas ruas de nossas cidades e queremos ver nossa democracia reestabelecida. Não apenas no exercício do voto, mas nas garantias mais cotidianas da nossa vida.