Seleção Monitoria: Psicologia Fenomenológica-existencial
Disciplina: Psicologia Fenomenológica-existencial
Vagas: 2 vagas, uma com bolsa.
Professor: Fernando Gastal
Pré-requisito: ter cursado a disciplina.
Interessadxs enviar e-mail para: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
A seleção será feita pelo google meets, no dia 4/12 às 14h.
RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS E SUBJETIVIDADE > INTRODUÇÃO A LACAN
Boa tarde, o Coletivo vem por meio desse post comunicar que apesar da disciplina eletiva da professora Mariana Molica está descrita no SIGA como Introdução à Lacan, na verdade se trata de Tópicos Especiais em Psicanálise, segue a descrição da disciplina:
Professora responsável: Mariana Mollica
Colaboradores (estudantes, pesquisadores e lideranças comunitárias negrxs que desenvolvem pesquisas e movimentos de ação antirracista na Universidade e na cidade): Coletivo Preto Virginia Bicudo (IP/UFRJ); Projeto Ocupação/PSILACS (UFMG), CRP- RJ, Daniele Menezes (mestranda UFF); Geisa de Assis (mestranda UERJ); DJefferson Amadeus (advogado e militante MNU), Vilma Dias(profissional da rede de SM- RJ), Marcelo Dias (Pres. Nacional do Mov Negro Unificado), Rumba Gabriel (Fundador do Portal Favelas, liderança Jacarezinho).
Disciplina: Tópicos Especiais em Psicanálise A IPG 029.
Horário da disciplina: Quintas feiras às 14:50 - 16:30.
Início: 03/12/2020
Relações Étnico-raciais e subjetividade
EMENTA
Partimos da colonização e da plantation, evento histórico traumático na história da modernidade e na origem do capitalismo, privilegiando as teorias pós-coloniais e decoloniais em sua articulação com a Psicanálise. Percorreremos os principais eventos históricos da colonização brasileira e da escravização do povo negro no Brasil, marcada pelo sequestro de pessoas africanas retiradas de sua terra, relacionando o ponto de vista histórico-político com a subjetividade. Traremos as contribuições éticas da história do Conselho Federal de Psicologia no combate ao racismo no Brasil. O curso pretende diferenciar os conceitos de racismo estrutural, institucional e individual e sua relação com o inconsciente. Desenvolveremos o que vem a ser o mito da democracia racial e pesquisaremos a identificação ao ideal de branqueamento na formação da subjetividade na cultura brasileira e o pacto narcísico branco, que produz denegação do racismo e omissão da população em relação ao genocídio das populações afrodescendentes, indígenas, quilombolas e outras. A constituição do eu, do ideal do eu e os conceitos freudianos de identificação e de unheimlish serão percorridos e articulados à noção de identidade. Estudaremos o que é a segregação e o Racismo 2.0. A clínica psicanalítica será contemplada a partir da reforma psiquiátrica e sua relação com a saúde da população negra. Trabalharemos os termos “tornar-se negro”, “negritude” e “lugar de fala”, constituídos pelo movimento negro. Os conceitos de Achille Mbembe “necropolítica”, “devir negro no mundo” e “Afropolitismo” serão discutidos à luz do debate sobre decolonização. Por fim, pesquisaremos os movimentos coletivos de resistência ao terrorismo de Estado no Brasil.
SELEÇÃO DE ESTÁGIO EM PESQUISA E/OU EXTENSÃO SOBRE A REFORMA PSIQUIÁTRICA
A pesquisa fundamenta-se em um trabalho historiográfico que se volta aos impasses e desafios das práticas cotidianas de governo implementadas pelos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) na cidade e no estado do Rio de Janeiro, consistindo num estudo referente ao campo de Saúde Mental. Os CAPS, implementados em 1996 enquanto dispositivo angular de transição da Reforma Psiquiátrica brasileira, visam substituir progressivamente as formas asilares com suas práticas de internação por uma instituição de atenção psicossocial de portas abertas mais condizente com as propostas reformistas.
Nosso interesse é analisar quais mudanças ocorreram nas práticas cotidianas dentro desses espaços de serviço e as novas formas de governo e condução de conduta dos usuários. O objetivo é compor uma narrativa histórica não mais pautada em grandes personagens, mas sim, considerando uma série de dispositivos cotidianos como prontuários, atas de reuniões e relatórios. Como ferramentas conceituais para pensarmos o CAPS utilizaremos o conceito de governamentalidade proposto por Foucault, retrabalhado por Nikolas Rose, e acompanharemos as discussões propostas por autores brasileiros importantes na Reforma Psiquiátrica. O trabalho de campo —atualmente suspenso devido à pandemia— consiste na ida semanal a um dos CAPS já vinculados à pesquisa (CAPS Rubens Correa em Irajá ou CAPS Clarice Lispector em Engenho de Dentro), para a realização da análise dos prontuários e coleta do material pertinente. Assim, damos preferência a casos de usuários mais antigos que passaram, juntamente com o campo de saúde mental, pela transição do modo asilar de enclausuramento ao modo de gestão pela autonomia proposto pelo CAPS. Nas supervisões ocorrem as discussões dos casos coletados e, alternadamente, a discussão de textos sobre temas que consideramos relevantes para o trabalho historiográfico em questão.
Observação: A pesquisa está atrelada a um projeto de extensão que atualmente se foca em dialogar com funcionários do Caps. O aluno interessado em participar do projeto de extensão deverá manifestar seu interesse durante a entrevista de seleção para a pesquisa.
INFORMAÇÕES SOBRE A SELEÇÃO
Prazo para o envio de respostas: terça (08/12) até às 23:59
Dia da entrevista: 09/12 (horário será combinado posteriormente)
Número de vagas: 3 ou mais.
Prof responsável: Arthur Arruda Leal Ferreira
Requisitos: ter sido aprovado na disciplina História da Psicologia
Horário básico do estágio (Supervisão semanal via Skype):
Quarta-feira, das 16:30 à 18:30 ou Sexta-feira, das 16h30 às 19h30 (horário definitivo será informado em breve, mas a preferência é para quarta-feira)
No caso da extensão (Encontro quinzenal via Skype):
Quarta-feiras, das 18h30 às 20h
TEXTOS PARA A SELEÇÃO:
Os textos referentes encontram-se neste link:
https://drive.google.com/folderview?id=1dC6KaKPv1SYRBAIT5jUZ-EG6vrZYhDp8
Diante dos textos indicados, responda às perguntas a seguir, tendo no máximo 4 laudas de resposta, e envie-as para os e-mails: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até o prazo indicado acima (08/12).
1 - Levando em consideração os textos indicados e o conceito de governamentalidade, como você entende a proposta da pesquisa na contribuição de um debate histórico acerca da Reforma Psiquiátrica?
2 - Que outras sugestões você poderia oferecer à nossa pesquisa?
3 - Considerando sua trajetória de vida (universitária, escolar, etc), quais são as suas expectativas em relação à pesquisa e à sua participação na equipe?
À disposição para eventuais dúvidas.