Nota pública do Instituto de Psicologia da UFRJ
Considerando o atual cenário político brasileiro, o corpo social do Instituto de Psicologia vem a público reafirmar o compromisso social da Psicologia com a defesa da democracia e dos Direitos Humanos. Como instituição de formação e atendimento à população, buscamos exercer práticas alinhadas à defesa de negras e negros, indígenas, pessoas com deficiência, mulheres vítimas de violência, pessoas LGBTIs e todo e qualquer grupo oprimido e em situação de vulnerabilidade. Valorizamos as medidas de democratização do ensino como as políticas de ação afirmativa e assistência estudantil comprometidas com a construção de uma universidade pública, gratuita e de qualidade para todas e todos. Nesse sentido, repudiamos veementemente toda prática de segregação e promoção de racismo, machismo, misoginia, LGBTIfobia e discurso de ódio em geral, bem como a utilização de práticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência. Nos posicionamos pela afirmação de um mundo mais comum que seja diverso e heterogêneo – e, nesses termos, pela defesa da democracia. O compromisso ético-politico da Psicologia se sustenta pela incansável busca de uma sociedade mais justa e menos desigual. Pelo posto, é inadmissível toda forma de tortura, censura ou prática que fira a liberdade de ativismo e a autonomia universitária. Sem a democracia a Psicologia não pode existir.
Instituto de Psicologia
Site do PPGP Programa de Pós Graduação do Instituto de Psicologia da UFRJ
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Resultado da primeira etapa do processo de ingresso aos cursos do PPGP!
https://ppgp.psicologia.ufrj.br/
Nota sobre o incêndio do Museu Nacional
O Instituto de Psicologia se junta vozes consternadas que lamentam o incêndio que devastou o Museu Nacional, na noite de domingo, no Rio de Janeiro. Trata-se não de um evento isolado de destruição da ciência e cultura do nosso país, nem obra caprichosa do acaso. Sofremos de uma caprichosa arquitetura de desmonte e sucateamento do nosso patrimonio científico e cultural. O Museu Nacional e nossas instituições científicas sofrem com a falta regular de recursos, os cortes, e, agora, com a EC 95, que congelou os gastos públicos por 20 anos, este quadro estarrecedor irá se aprofundar ainda mais. Um acervo inestimável de dois século se perde. Bem como o trabalho de centenas de pesquisadores. Nos solidarizamos com os professores, pesquisadores, estudantes e servidores do Museu Nacional e pedimos providências para a recuperação do que for possível. Ciência e cultura são produções que dão sentido ao nosso mundo e que promovem a imagem de quem fomos e do que seremos. Quem visitou o Museu Nacional pôde experimentar um pouco mais de quem fomos e quem poderíamos ser no reencontro com variados mundos cientificos e culturais. O que seremos sem o Museu Nacional?